Problemas sexuais femininos
![Dra. Sara Lemos](https://statics.melvi.co/images/cms/thumbnail_sara_4e1a0e6a6c.png)
Dra. Sara Lemos
Médica de Família
Publicado em 18/03/2024
A prevalência de problemas sexuais entre mulheres varia bastante dependendo do estudo e da população examinada, incluindo fatores como dor, desconforto, falta de excitação e libido e dificuldades para alcançar o orgasmo. Dados de pesquisas sugerem que uma proporção significativa de mulheres experimenta algum tipo de disfunção sexual ao longo da vida.
![Mulher recebendo atendimento psicológico.](https://statics.melvi.co/images/cms/medium_supportive_conversation_7_6992788318.jpg)
Um estudo amplamente citado publicado no "Journal of the American Medical Association" (JAMA) encontrou que cerca de 43% das mulheres americanas relataram algum tipo de problema sexual. Este estudo, no entanto, data de 1999, e as definições e compreensões de saúde sexual evoluíram desde então. Dores durante o sexo, conhecidas como dispareunia, falta de libido (desejo sexual baixo) e dificuldades com a excitação ou o orgasmo são entre os problemas mais frequentemente relatados.
Este artigo aborda as causas, fatores de risco e tratamentos disponíveis para os problemas sexuais femininos.
Problemas sexuais femininos mais comuns
- Baixa libido (falta de desejo): Manifesta-se pela diminuição ou ausência de interesse sexual, podendo variar entre falta de desejo inicial até a dificuldade em se envolver sexualmente de forma reativa.
- Dificuldades de excitação: Refere-se às complicações em experimentar prazer sexual, incluindo a adequada resposta física como o aumento do fluxo sanguíneo genital e lubrificação, acompanhados de alterações fisiológicas essenciais para uma experiência sexual satisfatória.
- Dificuldades para alcançar o orgasmo: A dificuldade ou incapacidade de atingir o clímax sexual, caracterizado pela liberação intensa de tensão e contrações musculares específicas, é uma questão frequente.
- Dor durante o sexo: Um sintoma comum com múltiplas origens possíveis, a dispareunia (dor sexual) pode significativamente impactar a experiência sexual e o bem-estar emocional.
Fatores de Risco para Problemas Sexuais
Vários fatores podem influenciar o surgimento de problemas sexuais em mulheres, incluindo:
- Bem-estar pessoal e imagem corporal
- Fadiga e estresse
- Fatores socioculturais e privacidade
- Problemas de relacionamento
- Condições de saúde do parceiro
- Problemas ginecológicos, como parto, menopausa e histerectomia
- Outros problemas médicos e psiquiátricos
- Efeitos colaterais de medicamentos
Tratamento dos Problemas Sexuais
Existem várias abordagens para tratar problemas sexuais em mulheres, incluindo:
- Gestão de Estresse e Relacionamentos: Técnicas para reduzir estresse e fadiga, além de resolver questões relacionais, são fundamentais para melhorar a saúde sexual.
- Inovação e Lubrificação: A experimentação com novidades e o uso de lubrificantes podem aliviar a secura vaginal e enriquecer a experiência sexual.
- Revisão de Medicamentos: Ajustar ou substituir medicamentos que afetam negativamente a função sexual pode ser necessário.
- Terapia Hormonal: O uso criterioso de hormônios, como testosterona e DHEA, pode ser considerado sob supervisão médica para casos específicos.
- Medicamentos para Desejo Sexual Baixo: Existem opções farmacêuticas direcionadas para tratar a falta de desejo sexual.
- Cautela com Tratamentos Alternativos: Abordagens não comprovadas, incluindo terapias à base de plantas, cirurgias e procedimentos a laser, devem ser consideradas com cuidado e crítica.
Estas estratégias devem ser personalizadas conforme as necessidades individuais e sempre discutidas com um profissional de saúde.
Caso haja presença dos sintomas, recomendamos que o paciente consulte-se com uma das especialidades abaixo:
Os problemas sexuais em mulheres são multifatoriais e podem impactar significativamente a qualidade de vida.
Uma abordagem holística que considera fatores físicos, emocionais e relacionais é essencial para identificar a causa subjacente e escolher o tratamento mais adequado.
A comunicação aberta com um profissional de saúde é fundamental para abordar esses problemas de forma eficaz.
![Dra. Sara Lemos](https://statics.melvi.co/images/cms/thumbnail_sara_4e1a0e6a6c.png)
Escrito por Dra. Sara Lemos
Médica de Família
CRM-MG: 48683
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