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Transtorno de Ansiedade

Dr. Miguel A. V. Franco

Dr. Miguel A. V. Franco

Psiquiatra

Publicado em 28/02/2024

O que é ansiedade?

Pessoa recebendo terapia de um profissional de saúde mental, em um ambiente acolhedor e seguro

Ansiedade é uma resposta natural do organismo diante de situações percebidas como desafiadoras, perigosas ou estressantes. É um estado emocional caracterizado por sentimentos de preocupação, nervosismo, inquietação e apreensão em relação a eventos futuros ou situações incertas. Esses sentimentos podem surgir em resposta a uma variedade de estímulos, desde situações do dia a dia até eventos mais significativos na vida de uma pessoa. A ansiedade pode se manifestar de diferentes formas, incluindo sintomas físicos como taquicardia, sudorese, tremores e tensão muscular, além de sintomas psicológicos como dificuldade de concentração, irritabilidade e medo excessivo. Embora seja uma reação normal e adaptativa em muitas circunstâncias, a ansiedade pode se tornar problemática quando ocorre de forma persistente, excessiva e interfere nas atividades diárias e no bem-estar emocional do indivíduo. Nessas situações, é importante buscar apoio e tratamento adequados para aprender a lidar com a ansiedade de forma saudável e construtiva.

Transtorno de ansiedade

Diferente da ansiedade, o transtorno de ansiedade é uma condição médica caracterizada por preocupação excessiva, nervosismo e inquietação provocados por uma interação complexa de fatores. Isso inclui desequilíbrios químicos no cérebro, predisposição genética, estresse, traumas emocionais e influências ambientais. O transtorno de ansiedade pode variar em formas e intensidades, afetando cada indivíduo de maneira única. Essa condição pode se manifestar de diferentes maneiras, desde ataques de pânico e fobias específicas até transtorno de estresse pós-traumático e transtorno obsessivo-compulsivo. Esses sintomas podem ser incapacitantes e interferir significativamente na vida diária do indivíduo, prejudicando relacionamentos, trabalho e qualidade de vida geral. O tratamento para o transtorno de ansiedade geralmente envolve uma combinação de terapia cognitivo-comportamental, medicamentos e outras estratégias de autocuidado, com o objetivo de ajudar os pacientes a aprender a lidar com os sintomas e a retomar o controle sobre suas vidas.

Acho que tenho ansiedade, o que fazer?

Se você está enfrentando sintomas de ansiedade, saiba que existem tratamentos com o suporte necessário para ajuda-lo a superar essa condição. Agendar uma consulta com um psiquiatra ou psicólogo pode ser o primeiro passo crucial para começar a jornada de recuperação. Esses especialistas são treinados para compreender e tratar os desafios da saúde mental de forma compassiva e eficaz. Não hesite em procurar ajuda; estamos aqui para oferecer o suporte necessário para que você possa recuperar o controle da sua vida e encontrar o caminho para o bem-estar emocional.

Caso haja presença dos sintomas, recomendamos que o paciente consulte-se com uma das especialidades abaixo:

PsiquiatriaPsicologiaPsicologia InfantilNeuropsicologiaMedicina de Família

Referências

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. (2022). TRANSTORNOS DE ANSIEDADE. RECUPERADO DE WWW.WHO.INT/PT.

NATIONAL INSTITUTE OF MENTAL HEALTH. (2022). ANXIETY DISORDERS. RECUPERADO DE WWW.NIMH.NIH.GOV.

MAYO CLINIC. (2022). ANXIETY DISORDERS. RECUPERADO DE WWW.MAYOCLINIC.ORG. CENTERS FOR DISEASE

CONTROL AND PREVENTION. (2022). MENTAL HEALTH: ANXIETY DISORDERS. RECUPERADO DE WWW.CDC.GOV.

NATIONAL ALLIANCE ON MENTAL ILLNESS. (2022). ANXIETY DISORDERS. RECUPERADO DE WWW.NAMI.ORG.

Dr. Miguel A. V. Franco

Escrito por Dr. Miguel A. V. Franco

Psiquiatra

CRM 132075

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Este serviço não substitui uma consulta com um profissional de saúde. Se tiver algum problema ou urgência, dirija-se a um especialista.

Pergunta

É possível ficar viciado na medicação para controle de ansiedade?

Dr. Rodrigo Athanazio

CRM-SP: 122658

Sim, é possível ficar viciado em certos medicamentos prescritos para o controle da ansiedade, especialmente aqueles conhecidos como benzodiazepínicos, como o diazepam, alprazolam, lorazepam e clonazepam. Esses medicamentos são prescritos para ajudar a aliviar os sintomas da ansiedade e do pânico, mas também têm potencial para causar dependência física e psicológica quando usados por longos períodos ou em doses elevadas. A dependência de benzodiazepínicos pode se desenvolver quando uma pessoa os usa regularmente por semanas ou meses. O corpo pode se acostumar com o medicamento, levando a uma tolerância, o que significa que a mesma dose não produzirá mais o mesmo efeito. Como resultado, algumas pessoas podem aumentar a dose para continuar sentindo os efeitos desejados. Além disso, interromper abruptamente o uso de benzodiazepínicos após um uso prolongado pode resultar em sintomas de abstinência graves, incluindo ansiedade intensa, insônia, tremores, sudorese, náusea, convulsões e até mesmo risco de vida em casos extremos. Por outro lado, é importante salientar que existem outras classes de medicamentos para tratamento da ansiedade como inibidores de recaptação da serotonina (fluoxetina, paroxetina e escitalopram), bupropiona, desvenlafaxina, mirtazapina entre outros. Esses medicamentos são seguros para o uso de longo prazo e sem o risco de desenvolvimento de dependência química como os benzodiazepínicos. Vale lembrar que em muitos casos o tratamento da ansiedade é crônico e o paciente precisará utilizar esses medicamentos por meses a anos. Portanto, é importante usar medicamentos para ansiedade apenas conforme prescrito pelo médico e seguir suas orientações cuidadosamente. Se houver preocupações sobre o uso de medicamentos para ansiedade, é fundamental discutir essas preocupações com um profissional de saúde qualificado.

Dr. Rodrigo Athanazio

Pergunta

é possível tratar Ansiedade só em terapia? como eu sei quando eu deveria buscar um psiquiatra para fazer um tratamento com medicação? tenho medo de tomar medicação e ficar viciado em algum desses remédios

Dra. Sara Lemos

CRM-MG: 48683

Sim, é possível tratar a ansiedade apenas com terapia em muitos casos, especialmente se a ansiedade for leve a moderada. A decisão entre buscar terapia, medicação ou uma combinação de ambas deve ser tomada com a orientação de um profissional de saúde. Alguns pontos a considerar sobre quando procurar um psiquiatra, um clínico ou um médico de família de referência, para discutir a possibilidade de tratamento com medicação seriam: severidade dos sintomas, resposta à terapia, preferências pessoais e considerações sobre a saúde, histórico médico e saúde geral. Quanto ao medo de dependência, é importante destacar que nem todos os medicamentos para ansiedade causam dependência. Antidepressivos, por exemplo, são comumente prescritos para tratar a ansiedade e geralmente não são viciantes. Eles podem levar algumas semanas para começar a fazer efeito e são considerados seguros para uso a longo prazo sob supervisão médica.

Dra. Sara Lemos

Pergunta

Existe problema em beber bebida alcóolica tomando escitalopram 10mg?

Dr. Rodrigo Athanazio

CRM-SP: 122658

Ingerir bebidas alcoólicas enquanto toma escitalopram (ou outros antidepressivos) pode aumentar os efeitos colaterais do álcool e potencialmente interferir na eficácia do medicamento. Aqui estão alguns pontos a considerar: Efeitos colaterais aumentados: Tanto o escitalopram quanto o álcool podem causar sonolência, tontura e diminuição da coordenação. Se você beber enquanto estiver tomando escitalopram, pode sentir esses efeitos mais intensamente do que o normal. Interferência na eficácia do tratamento: Beber álcool pode interferir na capacidade do escitalopram de tratar eficazmente a depressão por alterar o seu metabolismo no fígado. Risco de depressão e ansiedade aumentados: O álcool é um depressor do sistema nervoso central e pode piorar os sintomas de depressão e ansiedade a longo prazo. Isso pode anular os benefícios do tratamento com escitalopram. Aumento do risco de comportamento de risco: Beber enquanto estiver tomando antidepressivos pode aumentar o risco de comportamento de risco, como pensamentos suicidas ou impulsos. Portanto, é importante seguir as instruções do seu médico em relação ao consumo de álcool enquanto estiver tomando escitalopram. Em muitos casos, recomenda-se evitar completamente o consumo de álcool durante o tratamento com antidepressivos. Se você tem dúvidas ou preocupações sobre beber álcool enquanto toma escitalopram, é fundamental discuti-las com seu médico. Desta forma orientações personalizadas podem ser dadas com base em sua situação médica específica.

Dr. Rodrigo Athanazio

Pergunta

Quais são os efeitos colaterais mais comuns da sertralina?

Dr. Rodrigo Athanazio

CRM-SP: 122658

Os efeitos colaterais mais comuns da sertralina, um medicamento frequentemente usado para tratar depressão e outros transtornos de ansiedade, incluem náuseas, diarreia ou constipação, tremores, disfunção sexual (como diminuição da libido e dificuldades de ejaculação ou orgasmo), fadiga, insônia ou sonolência, e aumento do suor. É importante notar que nem todos os pacientes experimentam esses efeitos e a intensidade pode variar de paciente para paciente. Outro ponto importante é que os efeitos colaterais tendem a ocorrer, na sua maioria, nas primeiras semanas de uso do remédio e melhorar com o passar do tempo.

Dr. Rodrigo Athanazio

Pergunta

Qual é o intervalo de tempo recomendado para retomar o tratamento com escitalopram após o consumo de álcool?

Dr. Rodrigo Athanazio

CRM-SP: 122658

O consumo de álcool durante o tratamento com escitalopram, que é um medicamento comumente prescrito para transtornos de ansiedade e depressão, não é recomendado devido ao potencial aumento dos efeitos colaterais e diminuição da eficácia do medicamento. No entanto, não há um intervalo de tempo específico recomendado para retomar o medicamento após o consumo de álcool. O ideal é evitar o álcool durante o tratamento e discutir qualquer consumo com seu médico, que poderá fornecer orientações específicas baseadas em sua condição de saúde e histórico médico.

Dr. Rodrigo Athanazio

Pergunta

Existem estudos científicos que comprovem os benefícios do NOFAP, ou é considerado pseudociência?

Dr. Rodrigo Athanazio

CRM-SP: 122658

Até o momento, não há evidências científicas robustas que comprovem os benefícios alegados pelo movimento NOFAP, que preconiza a abstinência de masturbação e pornografia com o objetivo de melhorar a saúde física e mental. A maioria das discussões sobre NOFAP é baseada em relatos pessoais e não em estudos científicos controlados. A pesquisa em sexualidade humana sugere que a masturbação é uma prática sexual normal e saudável. No entanto, a percepção de seus efeitos pode variar amplamente entre indivíduos. Pesquisas adicionais seriam necessárias para explorar qualquer ligação entre a abstinência de masturbação e pornografia e mudanças específicas na saúde e no comportamento.

Dr. Rodrigo Athanazio

Pergunta

Como a terapia Gestalt funciona e quais são suas responsabilidades?

Dr. Rodrigo Athanazio

CRM-SP: 122658

A terapia Gestalt é uma forma de psicoterapia que enfatiza a consciência pessoal e o entendimento do contexto de vida do indivíduo. Ela se concentra na experiência do 'aqui e agora', nos sentimentos e pensamentos atuais, ao invés de explorar o passado. O objetivo é ajudar as pessoas a entenderem o que estão fazendo, como estão fazendo e como podem mudar, além de aprender a aceitar e valorizar a si mesmas. As responsabilidades na terapia Gestalt incluem a participação ativa do paciente no processo terapêutico, a exploração de suas experiências e sentimentos, e a disposição para experimentar novas maneiras de pensar e se comportar. O terapeuta, por sua vez, tem a responsabilidade de fornecer um ambiente seguro e de apoio, facilitar a autoexploração e o autoentendimento do paciente, e ajudar na identificação de padrões de comportamento e crenças limitantes. É importante notar que a terapia Gestalt é uma abordagem que deve ser conduzida por profissionais treinados e qualificados. (Fonte: Gestalt International Study Center)

Dr. Rodrigo Athanazio

Pergunta

Uma pessoa com Síndrome de Asperger pode também apresentar a Síndrome de Savant?

Dr. Rodrigo Athanazio

CRM-SP: 122658

Sim, é possível que uma pessoa com Síndrome de Asperger também apresente a Síndrome de Savant. A Síndrome de Savant, também conhecida como 'savantismo', é um fenômeno raro no qual uma pessoa com sérias deficiências mentais demonstra habilidades extraordinárias, como memória excepcional ou habilidades artísticas notáveis. Embora a Síndrome de Asperger e a Síndrome de Savant sejam condições distintas, elas podem coexistir na mesma pessoa. No entanto, é importante notar que nem todas as pessoas com Síndrome de Asperger apresentarão características de savantismo. Cada indivíduo é único e apresentará um conjunto único de habilidades e desafios. Fonte: American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.).

Dr. Rodrigo Athanazio