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Síndrome Metabólica

Dra. Sara Lemos

Dra. Sara Lemos

Médica de Família

Publicado em 06/05/2024

Síndrome metabólica

A síndrome metabólica é definida como a coocorrência de fatores de risco metabólicos para diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares (DCV), especificamente obesidade abdominal, hiperglicemia, dislipidemia e hipertensão. Existem várias definições para os valores considerados na síndrome metabólica, dependendo da fonte utilizada. Atualmente, a Associação Americada de Diabetes (ADA), e a Associação Européia de estudos do diabetes (EASD), estão questionando se a síndorme metabólica, conforme definida acima, justifica a classificação como uma verdadeira "síndrome". Para fins explanatórios, vamos considerar a síndrome metabólica definida pela presença de três ou mais dos seguintes critérios: obesidade abdominal, com circunferência de cintura elevada; níveis anormais de triglicerídeos no sangue; baixo nível de HDL ("bom" colesterol); hipertensão arterial; e glicemia de jejum elevada.

Sintomas da síndrome metabólica

Os indivíduos com síndrome metabólica frequentemente não apresentam sintomas imediatos, o que torna esta condição insidiosa e perigosa. . Muitas vezes, é diagnosticada através de exames de sangue ou check-ups médicos. No entanto, as manifestações a longo prazo podem incluir:

- Doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral

- Diabetes tipo 2

- Distúrbios do sono, como apneia do sono

- Esteatose hepática não alcoólica

Fatores de risco para síndrome metabólica

A etiologia da síndrome metabólica é complexa e multifatorial, envolvendo interações genéticas, dietéticas e de estilo de vida. A causa exata ainda é desconhecida. no entanto, está associada à resistência à insulina, que ocorre quando o corpo não responde adequadamente ao hormônio insulina, e ao acúmulo de gordura abdominal. Existem alguns fatores que aumentam as chances de desenvolver síndrome metabólica, tais como: - Obesidade

- Sedentarismo

- Consumo de uma dieta rica em carboidratos simples e gorduras saturadas

- Tabagismo e consumo excessivo de álcool Além disso, o risco de síndrome metabólica aumenta com a idade.

Exames para diagnóstico

Se houver suspeita de síndrome metabólica, o médico irá realizar alguns exames clínicos durante a consulta, como: - Avaliação do histórico médico pessoal e familiar - Verificação do índice de massa corporal (IMC) e medida da cintura abdominal - Aferição da pressão arterial E também serão solicitados exames de sangue para verificar os níveis de glicose e gordura no sangue, como glicemia capilar, hemoglobina glicada, colesterol total e frações e triglicerídeos.

Tratamento da síndrome metabólica

O tratamento da síndrome metabólica geralmente envolve mudanças no estilo de vida, como adoção de uma alimentação saudável e prática regular de exercícios físicos. Em alguns casos, podem ser prescritos medicamentos para auxiliar no controle dos níveis de glicose, colesterol e pressão arterial.

Prevenção da síndrome metabólica

A melhor forma de prevenir a síndrome metabólica e evitar complicações é adotando um estilo de vida saudável. Algumas recomendações incluem: - Perder peso, caso esteja acima do peso - Reduzir o consumo de gorduras saturadas, carne e laticínios, e aumentar o consumo de frutas, legumes e grãos integrais - Praticar pelo menos 150 minutos de exercícios moderados a intensos por semana, distribuídos em 4 ou 5 dias - Parar de fumar ou reduzir o consumo de tabaco - Evitar ficar sentado por longos períodos de tempo

Complicações da síndrome metabólica

A síndrome metabólica aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e outras condições, como esteatose hepática não alcoólica (gordura no fígado), osteoartrite, gota e alguns tipos de câncer. Em alguns casos, também pode afetar a fertilidade.

Quando procurar um médico

Indivíduos com fatores de risco associados à síndrome metabólica devem buscar avaliação médica regularmente. O rastreamento precoce e a intervenção são essenciais para prevenir ou minimizar os efeitos adversos da síndrome.

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Dra. Sara Lemos

Escrito por Dra. Sara Lemos

Médica de Família

CRM-MG: 48683

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